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Investimento inicial de uma empresa é todo o valor que um empreendedor precisa ter para abertura de um negócio. Ou seja, quanto em recurso financeiro é preciso para que uma empresa comece efetivamente a operar.
Por isso, nesse cálculo devem ser incluídas despesas como infraestrutura, produção ou aquisição dos produtos e/ou serviços, custos necessários para abrir empresa, entre outros.
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Saber como fazer o cálculo de investimento inicial é fundamental para que o empreendedor consiga avaliar se têm recursos próprios suficientes para iniciar, ou se vai precisar de apoio de terceiros — por exemplo, solicitar empréstimos ou mesmo buscar sócios.
O cálculo do investimento inicial também ajuda a mensurar em quanto tempo a empresa consegue recuperar esse primeiro investimento e começar a gerar lucros com suas atividades.
Parte importante do plano de negócios, identificar corretamente quanto você precisa para começar o seu negócio evita surpresas desagradáveis no desenrolar do seu projeto, bem como ajuda a conquistar investidores (caso queira).
Por todos esses motivos, veja como fazer o cálculo de investimento inicial para a sua empresa e entenda quanto custa abrir empresa.
O que é investimento inicial de uma empresa?
O investimento inicial de uma empresa pode ser definido como o montante financeiro necessário para que um empreendedor tire o seu projeto do papel e o torne realidade.
Em outras palavras, representa quanto de dinheiro é preciso ter para que um negócio comece efetivamente a funcionar.
Dentro desse cálculo é preciso inserir todos os custos iniciais de uma empresa, indo desde o necessário para montagem da infraestrutura, treinamentos, marketing, bem como os gastos para abrir um CNPJ.
Também por isso, é tão importante entender como abrir empresa, pois, dessa forma, você vai saber exatamente tudo o que precisa e quanto vai gastar para legalizar o seu negócio, incluindo impostos e outras despesas mensais.
Como calcular o investimento total da empresa?
Uma das maneiras mais eficazes de fazer o cálculo de investimento inicial de uma empresa é montando uma planilha, a qual deve contemplar todos os custos que mencionamos anteriormente.
Para que nada seja deixado de lado, o ideal é dividi-la em 3 partes:
- Investimento fixo;
- Investimento pré-operacional;
- Capital de Giro.
Investimento fixo
Em uma visão geral, o investimento fixo corresponde a toda parte de infraestrutura necessária para que o seu negócio funcione.
Nele estão inclusos os itens básicos que serão comprados para início das suas atividades, de acordo com o seu segmento, por exemplo:
- Maquinários;
- Móveis;
- Equipamentos eletrônicos;
- Decoração;
- Estoque;
- Veículos;
- Entre outros.
Para chegar ao custo total do investimento fixo, liste tudo o que seja referente à infraestrutura, bem como o valor unitário e o valor total de cada item, de acordo com a quantidade necessária. Por exemplo:
| Item | Quantidade | Valor Unitário | Valor Total |
| Computadores | 5 | R$ 2.000 | R$ 10.000 |
| Mesas | 5 | R$ 300 | R$ 1.500 |
| Cadeiras | 10 | R$ 150 | R$ 1.500 |
| Total geral | R$ 13.000 |
Ter uma visão geral do que precisa para abrir a sua empresa também ajuda a avaliar se o mais indicado é adquirir itens novos, usados, ou mesmo alugar alguns equipamentos.
Essa análise contribui para redução de despesas, especialmente se você está em busca de saber como abrir empresa com pouco dinheiro.
Investimento pré-operacional
Ao contrário do investimento fixo que visa calcular os custos com aquisição de bens, o investimento pré-operacional é o cálculo que vai mensurar quanto custa as ações para que a sua empresa comece a funcionar.
Ou seja, nele estão inseridos valores referentes à:
- Treinamento de funcionários;
- Marketing, incluindo criação da marca, do site, divulgação etc;
- Registro da marca;
- Aquisição de sistemas de gestão;
- Custos mensais com escritório de contabilidade;
- Legalização da empresa.
Capital de Giro
O Capital de Giro corresponde ao valor estimado necessário para que a sua empresa funcione mensalmente.
Para chegar a esse custo é preciso considerar todas as despesas fixas e móveis mensais, tais como:
- Salário dos funcionários;
- Contas de água, luz e internet;
- Impostos;
- Despesas com fornecedores;
- Custos para produção ou aquisição de estoque mínimo;
- Entre outros.
O que é e como calcular o Capital de Giro inicial de uma empresa?
Como mencionado, o Capital de Giro é a quantia em dinheiro que a sua empresa precisa para operar, independentemente de ter lucros ou não.
Ele também pode ser definido como o valor que uma empresa precisa para custear suas despesas diárias, sendo esse o resultado da diferença entre o dinheiro disponível e o custo dessas contas.
Imagine o mês de inauguração ou um período que, por algum motivo, não houve vendas. Ainda assim, é preciso honrar com todos os compromissos mensais que citamos anteriormente, certo?
Desse modo, é necessário que você tenha recursos financeiros suficientes para quitar suas dívidas nessas ocasiões, ou mesmo quando o seu negócio estiver se sustentando com os próprios rendimentos.
Assim, o cálculo inicial de Capital de Giro deve contemplar todas as despesas mensais da sua empresa. Veja este exemplo:
| Descrição da despesa | Valor mensal |
| Aluguel | R$ 3.000 |
| Salário dos funcionários | R$ 10.000 |
| Comissões | R$ 3.000 |
| Conta de água | R$ 200 |
| Conta de luz | R$ 400 |
| Conta de internet | R$ 200 |
| Renovação de estoque | R$ 2.000 |
| Total geral mensal | R$ 18.800 |
Além disso, é preciso considerar um valor extra, que servirá como uma reserva de recurso caso haja uma situação emergencial. Para isso, o indicado é reservar 5% sobre o total do seu Capital de Giro.
Usando o exemplo acima, se a sua empresa precisa de R$18.800 mil para operar todos os meses, você deve considerar um acréscimo de R$940 como fundo de reserva. Assim, o valor final do seu Capital de Giro mensal será de R$19.740.
Saiba mais neste vídeo preparado pelos nossos especialistas.
Calculando o Capital de Giro
Agora que o conceito de Capital de Giro ficou mais claro, é bem importante que você saiba como calculá-lo.
Há, basicamente, três maneiras de fazer o cálculo de Capital de Giro de uma empresa, que são:
- Capital de Giro por Necessidade;
- Capital de Giro Próprio;
- Capital de Giro Líquido.
Capital de Giro por necessidade
No dia a dia, muitos empreendedores calculam o quanto precisam ter em caixa para manter a operação rodando, e basicamente, você olha para:
Custos/despesas fixos + custos/despesas variáveis médios por mês
Além disso, os prazos médios de recebimento dos seus clientes e de pagamento dos seus fornecedores também devem ser levados em consideração.
Assim, a fórmula é:
Necessidade de Capital de Giro (NCG) = Custos médios diários x prazo médio de recebimento – custos médios diários x prazo médio de pagamento
Por exemplo:
- Despesas fixas + variáveis: R$30.000 por mês. Isso é cerca de R$1.000 por dia (considerando 30 dias);
- Prazo médio de recebimento: 45 dias;
- Prazo médio de pagamento: 15 dias;
Cálculo:
(1.000×45) − (1.000×15) = 45.000−15.000 = R$30.000
Isso significa que você tem 30 dias de intervalo entre o recebimento dos seus clientes e o pagamento dos seus fornecedores. Então você precisa ter R$30 mil em capital de giro para segurar a operação até que o ciclo financeiro se equilibre.
Capital de Giro Próprio
O cálculo de Capital de Giro Próprio (CGP) vai indicar se há, ou não, necessidade de buscar recursos financeiros com terceiros.
Para chegar ao resultado, é preciso considerar:
- Patrimônio Líquido da sua empresa (PL), que inclui o Capital Social, lucros acumulados etc;
- Ativo Permanente (AP), que são os bens imobiliários;
- Ativo Realizável em Longo Prazo (RLP), que é o financiamento de terceiros.
O valor do Capital de Giro Próprio é obtido aplicando a seguinte fórmula:
CGP = PL – (AP + RLP)
Se essa equação resultar em um valor negativo é sinal que, ainda que todos os recursos próprios da empresa sejam utilizados, será necessário recorrer a terceiros para custear as despesas do Capital de Giro.
Capital de Giro Líquido
Já o cálculo do Capital de Giro Líquido (CGL) deve ser utilizado para identificar as necessidades operacionais e financeiras de uma empresa.
Por isso, ele inclui o Ativo Circulante do seu negócio (contas a receber, aplicações, dinheiro em caixa etc) e o Passivo Circulante (todas as contas a pagar, tais como fornecedores, salários, impostos, entre outras).
Assim, a fórmula para chegar a esse resultado é:
CGL = AC – PC
Resultados positivos indicam que a empresa tem Capital de Giro Líquido suficiente para se manter. Em caso negativo, sugere a necessidade de obter recursos financeiros externos.
Como conseguir o Capital de Giro?
Como você pode ver, o Capital de Giro é essencial para manter a saúde financeira de uma empresa. Sem ele, fica praticamente impossível pagar todas as despesas de curto prazo necessárias para que o negócio se mantenha funcionando.
Porém, como fazer esse cálculo quando a empresa está iniciando suas atividades e ainda não tem estimativa de gastos mensais?
Se esse for o seu caso, a sugestão é que você reserve entre 50% a 60% do valor investido inicialmente para ser usado como Capital de Giro.
Com o passar dos meses, e conforme sua empresa for se movimentando, terá parâmetros suficientes para aplicar uma das fórmulas sugeridas anteriormente.
Mas aqui surge outra dúvida: como conseguir Capital de Giro, especialmente no início das atividades? Existem algumas opções válidas tanto para a fase inicial de uma empresa quanto para o decorrer de sua existência, que podem ser:
- Recurso próprio do empreendedor;
- Aporte de sócios;
- Antecipação de recebíveis;
- Renegociação de dívidas;
- Empréstimos.

Quanto precisa de capital para abrir uma empresa?
O capital necessário para abrir uma empresa varia muito e vai de acordo com o segmento e o porte.
Para você ter uma ideia, um restaurante por quilo com capacidade para 150 clientes por dia, tem custo estimado de R$120 mil de investimento inicial. Já montar um bar simples por ser possível com R$20 mil.
Se mudarmos de segmento, montar um salão de beleza por variar entre R$10 mil a R$50 mil, dependendo da localização, do número de funcionários e dos serviços oferecidos.
No entanto, negócios on-line tendem a ter custos menores, pois não precisam de infraestrutura que inclui aluguel de espaço, grandes maquinários, entre outros.
Um exemplo é montar uma loja virtual, que pode precisar de um investimento inicial entre R$1 mil e R$5 mil para quem é MEI (Microempreendedor Individual), ou entre R$5 mil e R$50 mil para quem é ME (Microempresa).
Ou seja, é totalmente possível empreender gastando pouco, tudo depende do ramo no qual pretende atuar, se o seu negócio será físico ou on-line, entre outros fatores.
Somado a tudo isso, não podemos deixar de lado os custos para abrir uma empresa, que variam de acordo com a modalidade do negócio, regime tributário escolhido, região etc.
O custo para abrir um CNPJ no Brasil varia, mas geralmente fica entre R$500 e R$3.000. Esse valor depende do tipo de empresa, região e serviços contratados. Se você é um Microempreendedor Individual (MEI), a abertura é gratuita.
Para entender melhor, leia o artigo “Quanto custa abrir empresa no Brasil?”.
Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes?
A resposta para essa pergunta depende do porte da sua empresa. Afinal, quanto maior for o seu negócio, mais recursos financeiros vai precisar.
De modo geral, o investimento inicial costuma vir de capital do próprio empreendedor e dos sócios, caso tenha, ou mesmo da ajuda de amigos e familiares que acreditam no projeto.
Porém, muitos buscam linhas de crédito e empréstimos, que são utilizados principalmente para os primeiros meses de vida da empresa. Nesse caso, o mais importante é considerar questões como juros e tempo de quitação.
Assim, para saber se essa forma de levantar fundos para o investimento inicial é a mais indicada para você, coloque as parcelas do empréstimo no seu cálculo de Capital de Giro e certifique-se se essa é mesmo a solução mais viável (e rentável) para a sua realidade.
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Escrito por:
Vitor Torres
Vitor Torres é fundador e presidente da Contabilizei desde 2013, quando iniciou uma revolução ao liderar o movimento de desburocratização da contabilidade no país, tendo alcançado a liderança no segmento durante essa jornada. Hoje tem o propósito de simplificar a vida dos micros e pequenos empreendedores e fortalecer o futuro de cada um dos [internal_variables field="client_amount"] clientes da companhia, transformando o cenário do empreendedorismo no Brasil. O executivo é formado em Administração pela Universidade Positivo, possui formação executiva em Liderança em Escala pela INSEAD, realizou um MBA de Administração e Negócios pela Columbia Business School e participou de um Programa de Liderança Executiva em Negócios pela Stanford University Graduate School of Business. Em 2016, foi selecionado como Empreendedor Endeavor. Reúne experiência na área de consultoria e análise de negócios, tendo apoiado de forma pioneira no desenvolvimento do ecossistema de startups.