As 5 diferenças entre ser uma pessoa conectada e ter um negócio conectado
Você olha para o seu celular e abre as redes sociais. Fica sabendo de algumas novidades de amigos, comenta uma foto de alguém. Aí dá uma espiada nas últimas notícias, na previsão do tempo, e resolve você mesmo fazer uma postagem sobre o que lhe aconteceu ontem.
Seria essa uma boa descrição de uma pessoa conectada? Não dá pra ter certeza, porque as ferramentas que estamos descrevendo talvez possam ser consideradas o “nível 1” de estar conectado – e há quem vá muito além disso, mantendo perfis em todas as redes, movimentando seus amigos e seguidores, utilizando serviços online em todas as áreas da vida (agora a mais nova onda é a medicina digital, com consultas online).
Mas e quanto ao seu negócio? Em que grau de conexão com o mundo ele está? É acessível para quem está procurando o que você pode oferecer? Além de servirem para nos conectar pessoalmente com o mundo, os ambientes virtuais são uma grande ferramenta para quem tem uma empresa – e muitas passam a existir somente neste formato mesmo, sem presença física alguma.
Neste artigo vamos lhe apresentar as diferenças – e também algumas semelhanças – sobre a sua conectividade e a do seu negócio. Fique atento aos novos tempos para vender mais e manter sua empresa como a queridinha dos clientes.
Diferença 1: Presença Virtual
Esta talvez seja a principal diferença entre o seu perfil pessoal e o seu perfil comercial na internet. Enquanto você aparece quando quer, faz postagens sobre o que bem entender (mas também sujeito a ser criticado né, afinal é um ambiente público), curte o que te interessar, o seu negócio não pode se dar ao luxo desse comportamento volátil.
Para um perfil profissional na rede, é importante o que a gente chama de presença virtual: ter assiduidade nas postagens, manter um determinado padrão no que é exposto, ter clareza do que é a intenção do material divulgado. Vale a mesma coisa para site e redes sociais.
Indo mais adiante, um bom planejamento para marketing digital fará toda a diferença, porque aí sim você estará buscando não somente manter a aparência online, mas focando em captar clientes e realizar vendas.
Dando um exemplo clássico, é horrível encontrar uma empresa com um logotipo na rede social e outro completamente diferente no site – a falta de uniformidade visual pesa muito mesmo. Pesa justamente porque esta é a apresentação da empresa: se antes o que importava era uma fachada elegante, podemos dizer que agora a capa do seu site é uma porta de entrada super relevante – podendo ser a principal apresentação para seus clientes.
Mas indo além do logotipo, as postagens também devem ser bem pensadas. Repassar correntes ou publicar carinhas felizes e mensagens de bom dia até pode funcionar para certos tipos de negócio (raros casos!), mas podem também trazer para esse universo a falta de profissionalismo da empresa – e isso ninguém quer, não é mesmo?
Embora você queira que sua empresa esteja na memória do cliente quando ele for fazer uma aquisição referente ao seu tipo de prestação de serviços ou produto, não adianta também enviar todos os dias informações por canais diretos, como mensageiros ou email. Publicar na sua rede social ou no site, ok. Mas ficar contactando os clientes diretamente acaba mais incomodando do que atraindo o tipo de atenção que você precisa.
Se você está com a verba curta para contratar um profissional de marketing digital para orientar sua presença no mundo virtual, pesquise exemplos de outras empresas do mesmo ramo e veja o tipo de postagens que fazem. Não vá utilizar o material idêntico, certo?! Mas tendo uma ideia do tipo de conteúdo você pode seguir a linha “editorial” do concorrente.

Diferença 2: Tempo de resposta
Outra diferença importante que estamos elencando é o tempo de resposta: enquanto você pode levar dias para responder a uma mensagem no seu telefone, a sua empresa estará perdendo negócios ao fazer isso.
Como foi o ano de 2020 todo, a Pandemia do Novo Coronavírus acelerou os negócios digitais e fez as empresas que ainda não estavam operando virtualmente correrem para se adaptar. Pois uma das adaptações mais cruciais para que as vendas possam acontecer é justamente permitir que o tempo de resposta seja curto.
Nenhum cliente vai enviar um contato para você, solicitando o preço de uma mercadoria ou o orçamento de um serviço, e ficar esperando sem fazer nada. Ao mesmo tempo, ele já lançou essa pergunta para outros 3 ou 4 concorrentes. Se eles responderem antes de você, já há uma chance de que quando seu preço aparecer, mesmo se for o mais em conta, você possa perder o negócio.
Além disso, conta também o tipo de atendimento on-line. As lojas de roupas que se adaptaram às mensagens com as clientes puderam manter clientes num momento em que não havia circulação nas ruas – mas só conseguiram quando personalizam o atendimento. A cliente pede o que está procurando e a atendente fotografa várias peças disponíveis, enviando tamanho e valor, e muitas vezes sendo necessário até mesmo medir com fita métrica as dimensões do produto para que o cliente se sinta seguro na compra.
É desse tipo de atendimento personalizado que estamos falando – que vale para qualquer tipo de negócio. Se você for falar com uma empresa que presta serviços de informática, por exemplo, vai querer que eles lhe questionem sobre como é o seu negócio, que tipo de serviços utiliza, como são esses serviços – para que o orçamento venha minimamente adequado ao que é a sua necessidade. Pense bem, aquele orçamento padrão, que vai para todo mundo, é atraente quando você cota uma prestação de serviço? Em poucos casos.
Conforme matéria do Portal do Sebrae, “com a expansão da internet e das redes sociais, o aumento de possibilidades de compras, informações compartilhadas de outros usuários em relação a marca ou produto, os clientes ficam cada vez mais exigentes.” Leve isto em consideração no momento de bolar a estratégia de atendimento.

Diferença 3: Aquisição de produtos e serviços
Se é para comprar itens pessoais, você faz isso quando está com vontade ou quando realmente “o sapato aperta” e a compra é urgente. Pesquisa os preços, mas escolhe o que agrada mais, muitas vezes pensando menos no orçamento doméstico do que no desfrute que será ter aquele produto ou serviço.
Mas para o seu negócio até esta parte da presença online precisa ser diferente. Há certos insumos e serviços necessários para que a sua empresa funcione, e que você não pode deixar faltar mas também não pode fazer a compra de última hora, pagando qualquer preço. Além disso, as transações que envolvem seu negócio precisam ser feitas em ambientes virtuais controlados, com segurança.
Se você está trabalhando com afinco, porque deixaria de cuidar das contas da sua empresa como forma de aumentar os rendimentos? É crucial se preocupar com isso, o que diz muito sobre o grau de conectividade do seu negócio.
Exemplo clássico: você sabia que a tributação que incide sobre o seu negócio não é a mesma sempre, e que cada empresa precisa reavaliar a forma como está operando ocasionalmente para saber se está estruturada da melhor forma para evitar custos maiores com os impostos? Pois sim, isso é bem verdade. E dá para fazer esse tipo de avaliação através de serviços de contabilidade online.
Esse não é o único caso – compras recorrentes de papel, item básico, também podem ser feitas com bom desconto em algumas empresas especializadas – algumas que até enviam uma quantidade por mês para você, não sendo necessário nem mesmo estocar na empresa.
E aqui poderíamos até dizer que se sua empresa está utilizando esse tipo de serviços online, o seu negócio passou de fase na conectividade!
Diferença 4: Quem não é visto não é lembrado
Da mesma forma como comentamos que é preciso manter uma rotina de postagens para que os clientes continuem sabendo do seu negócio e percebam o profissionalismo da sua empresa, é importante investir nos clientes que não te conhecem.
E daí estamos falando do último grau de conectividade do negócio: aquele onde além de conseguir manter seus clientes ativos e conectados, você consegue conquistar novos clientes utilizando esse meio.
Onde alguém iria procurar o seu tipo de serviço ou produto? Possivelmente no Google, talvez nas redes sociais. Sendo assim, é preciso pensar no que faz com que sua empresa tenha capacidade de aparecer nas pesquisas do Google para novos clientes – e uma das respostas é oferecer bom conteúdo.
Sim, os buscadores vão levar em conta a proximidade com o cliente (especialmente se ele mencionar a cidade na busca), mas também direcionam a pesquisa para o site que oferece conteúdo sobre aquilo que está sendo buscado. E é por isso que tantas empresas investem em ter atualizações frequentes nos sites, com notícias e artigos publicados sobre assuntos que estão vinculados com o trabalho ofertado.
Em negócios muito locais, muitas vezes vale mesmo a pena utilizar as redes sociais que estão vinculadas ao nome da cidade, nos grupos de vendas, por exemplo, e fazer anúncios pontuais, buscando chamar os clientes para a sua empresa.
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que durante a Pandemia houve “o fortalecimento das redes sociais como canais de compra, seja o Whatsapp (11%), Facebook (5%) ou Instagram (5%).” Segundo a apuração, 82% dos entrevistados afirmaram ter feito a maioria de suas compras online nos meses de abril, maio e junho.
Tanto nos buscadores como nas redes sociais você pode pagar por publicidade – e isso pode se revelar um bom investimento se você já estiver atendendo aos outros itens mencionados neste artigo sobre a conectividade da sua empresa. Isso porque não adianta investir em contratar publicidade se você não tem o que oferecer para o cliente quando ele clicar no seu site ou no seu perfil: primeiro dê conta de oferecer um canal de atendimento e tenha conteúdo de acordo com o seu negócio para depois dar esse passo.

Diferença 5: Achados e Perdidos
Assim como a sua Pessoa Física, a sua Pessoa Jurídica está imersa em um mar de informações quando estamos falando de estar conectado. Como a gente se perde navegando, e vai de um site para outro sem destino certo, e até acaba comprando um livro ao invés do tênis que estava procurando, muitos dos seus clientes podem fazer o mesmo.
Além de manter a presença e poder ser “localizado” tanto por buscadores como em redes sociais, você precisa entrar em contato ativamente para fortalecer seu potencial de negócios online. Enviar ocasionalmente uma promoção, montar um tipo novo de serviço e conversar com seus clientes sobre ele, encontrar uma forma de inovar.
Sim, podemos dizer que a diferença entre quem está perdido e quem é achado na internet é justamente o potencial de inovação: mesmo em tipos de serviços tradicionais, como a advocacia, é necessário oferecer um “algo a mais” para que o cliente saiba que você existe, mesmo que as vendas e entregas continuem sendo bastante tradicionais.
Características de um negócio conectado
Uma empresa conectada, como vimos neste artigo, é aquela que incorporou produtos e serviços online no seu dia a dia – não é somente ter uma presença virtual, mas agir através da web. É possível ampliar o relacionamento com o cliente, ter este como um canal de vendas que agrega valor, trabalhar a imagem da empresa, e ainda contratar e gerenciar fornecedores de diversas categorias.
Temos que reconhecer a importância de ser um negócio conectado nestes vários pontos que levantamos, porque as atividades cotidianas estão cada vez mais migrando para algum tipo de conexão virtual – mesmo aquele pão quentinho tem sido entregue através de uma compra por aplicativo.
Para além da conectividade do seu negócio, a gestão sempre é determinante para um olhar apurado da empresa. Quer dizer que, mesmo que você esteja com muitos seguidores e conseguindo bons negócios, ainda é preciso olhar as informações financeiras e verificar, periodicamente, se a empresa é realmente um sucesso.
Bons investimentos na manutenção digital do negócio podem ser importantes, mas eles só farão sentido se você puder verificar, preto no branco, o retorno que estão gerando.
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Escrito por:
Guilherme Soares
Guilherme é engenheiro formado pela Universidade de São Paulo com mestrado em administração de empresas pela London Business School. Guilherme atuou como consultor de estratégia de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo. Iniciou na Contabilizei em 2018.